Blog

JÁ ACONTECEU COM VOCÊ?

Jaqueline Wichineski Santos

Advogada, Especialista em Direto de Seguros, professora de Pós-Graduação e Mestranda em Direito.

Viver e conviver em sociedade nos exige cada vez mais cautela, nos deparamos com a insegurança ao exercer nossas tarefas do dia a dia, seja com nossos pertences ou com pessoas, mesmo o risco não procurado, este é inerente a nossa vida.

Ter o veículo furtado, roubado ou envolvido em colisão, causa impotência, pânico, medo diante da situação, isto quando não há ocorrência pior que é a morte; e infelizmente mais um dado para a triste estatística em que vivemos.

Segundo levantamento da Segurança Pública baseado em dados fornecidos pelas secretarias de segurança dos Estados, com base na Lei de Acesso à Informação, concluiu que, no Rio Grande do Sul os ladrões levaram 38.551 veículos em 2015, aumento de 31,8% no roubo (feito sob ameaça do motorista) em relação ao ano anterior, e o furto (sem violência à pessoa) de veículos cresceu 7,63% somados, furtos e roubos de carros ultrapassaram um recorde histórico.

Tais dados importam e muito ao mercado segurador, pois, a ocorrência do sinistro, e demais informações do segurado fazem parte da composição da precificação do seguro de veículo.

Quando se tem seguro, este ameniza os danos materiais sofridos, e em caso de colisão a seguradora paga conforme limites e coberturas contratuais e se houver ajuizamento de ação contra seu cliente, este, terá o pagamento das despesas judiciais.

Mas, há uma série de dúvidas desde a contratação, adequação de coberturas, e em caso de sinistro o comunicado a seguradora até chegar ao tão esperado pagamento pela seguradora.

Ao contratar um seguro através do corretor, este é o responsável pela intermediação, e fornecimento dos dados do proponente para a contratação do seguro, e após análise de até 15 dias por parte da seguradora esta vai dizer se aceita ou não o cliente como segurado.

Bem, e quanto ao preço do seguro, variam muito e por qual motivo? As estatísticas de furto e roubo, números de seguros pagos pelas companhias seguradoras, o perfil do segurado é muito relevante, e por consequência o cálculo de precificação colocam os valores do seguro nas alturas, há necessidade de uma pesquisa apurada de mercado pelo corretor, e assim apresentar a melhor proposta ao cliente.

Determinadas regiões entram na lista como as estatísticas de maiores riscos, a idade/perfil do cliente e dados detalhados do tipo de veículo, marca/modelo, informações de onde fica o veículo, em que frequência é utilizado, como, por exemplo, o uso deste para trabalho, escola, faculdade, etc.

Isto acontece porque a seguradora necessita adequar o risco ao preço de mercado visando vender o seguro ao cliente sendo competitiva entre as várias que existem.

Dizer que a seguradora está aí para cobrar muito pelo seguro ou ainda que ela visa não pagar o seguro, é uma falácia, até mesmo porque ela quer se manter no mercado, sem falar na sua importância para o desenvolvimento econômico do país.

O compromisso da seguradora é atender da melhor forma o segurado. E como fica o veículo atingido em colisão por este? Quantas vezes somos vítimas fragilizadas, não temos contrato direto com a seguradora e não sabemos como agir e quando iremos receber pelos prejuízos causados.

Por isto, desde o início da relação entre cliente e seguradora a importância das informações claras, precisas para adequar o perfil as coberturas. E, após a contratação, e em caso de sinistro, a abertura de comunicado à seguradora, com todas as informações de responsabilidade do segurado e do terceiro prejudicado, bem como, toda a documentação solicitada facilitam e agilizam o pagamento das coberturas a ambos.

Dúvidas ou sugestões podem ser encaminhadas para o e-mail redacao@revistamaismateria.com.br